UM DIA DO ANO



                       UM DIA DO ANOEle começa calmo como outro qualquer o relógio de plástico do Paraguai é
defenestrado logo no segundo toque, ouve-se um chingo ao longe;
o espelho, á o terrível espelho
Mostra os dentes amarelado pelo cigarro, e a calvície acentuada.
A água gelada molha a barba a fazer.
O barulho da descarga ecoa no apartamento do vizinho.
O café da noite anterior é degustado rapidamente o cigarro é acesso
Logo que imediatamente.
O terno amarrotado é mal alisado com desprezo,
E a gravata de zíper é colocada.
Logo começo a me irritar com o transito, da garagem, calçada e da rua.
Á semafaro !!!! Seu vermelho reflete todo meu estado de espírito:
-Pô para garoto ta riscando o vidro do meu carro, não quero bala nem chiclete, nem
Carregador de celular.
Á vermelho por que demora tanto?
Enfia esta buzina no...
Lá se vai meu retrovisor que o moto boy levou.
- bom dia patrão!
-boa tarde está atrasado.
- o transito chefia!
O computador deu pau.
Telefone congestionado.
Café, cigarro, água, cliente chato.
Entra na sala um cheiro forte de fiação queimada,
Sirene dos bombeiros é ensurdecedor,
Paramédicos, oxigênio pequeno chamuscado,
Ai meu único terno.
Escritório todo imundado vou para casa mais cedo.
-parado Doutor o dinheiro o dinheiro , rápido , rápido .
Peito arde .
Á vermelho você de novo?
Paramédica ambulância hospital.
Vou chegar tarde a casa.
Ou não vou chegar?
Um dia cigarro café frio, trânsito, vendedor ambulante, moto boy,
Vermelho do semafaro, vermelho...
No terno amarrotado
na gravata de zíper...
ARANHA

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