O presente
Já tinha anos que eu era
amante de uma mulher casada.
Tinha um relacionamento bom, a minha necessidade
de sexo que não tinha no meu casamento, e a necessidade dela, nos completava.
Tínhamos muita dificuldade de nos ver, os momentos que ela podia-me ver eram
raros, os meus também, mas foram muitos com o passar dos anos.
Um dia ela
pediu-me um presente. O nosso relacionamento era estritamente sexual, pelo fato
de não poder explicar agrados financeiros, de ambas as partes. Ela pedira-me um
consolo, estranhei e perguntei o porquê?
Pelo fato de não fazer sexo com o
marido e ser raras as vezes de podermos nos encontrar, aquilo a ajudaria,
explicou ela. Querendo ser sarcástico, na realidade sendo um completo imbecil,
comprei o maior que encontrei, era enorme dava dois do meu, e muito grosso.
No
dia que dei para ela, falou que era muito grande e grosso, que não ia aguentar
e, porque eu fiz aquilo, quis-me desculpar e falei que era uma brincadeira, ela
não deixou levar de volta e falou, presente é presente, e levou aquela
monstruosidade embora.
Com o passar do tempo a senti estranha.
Nas raras vezes
que nos vimos, ela já não tinha mais orgasmos, nem a mesmo o que nos movia,
acabamos discutindo e nos desentendemos, tudo me passava pela cabeça.
Mas ela
veio a mim e confessou, que com o presente tinha orgasmos múltiplos, e fui
trocado pelo “presente”.
ARANHA NOGUEIRA.
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